Escolha seu próprio Armaggedon e seja feliz!

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Se o Armaggedon está perto, melhor não arriscar. Bruce Willis está velho, Steven Tyler aposentado e Liv Tyler vive de comerciais de perfume, então, não há salvação fácil. O melhor a fazer é escolher o seu salvador pessoal, aceitá-lo em seu coração e torcer para ter a sorte de ter feito a melhor opção.

Guerras religiosas são chatas. Bíblias e outros livros grandes são atirados pelas fronteiras de países. Pregadores são guerreiros chatos. Padres e pastores fazendo guerrinha de água-benta. Legal mesmo era ver batalhas como em 300. Que os céus me perdoem, mas ateus lutam melhor e, graças a Deus, Hollywood é judia mas não tem medo de fazer sangue, suor e lágrimas jorrarem das telas IMAX.
Poucos assuntos são tão polêmicos. Há famílias que trocam o peru natalino por uma folhas de alface. Converteram-se rigorosamente ao vegetarianismo e santificaram a vaca. Mal sabem que com isso, deram gás ao aquecimento global, ao desmatamento da amazônia e influenciaram novas canções sobre vacas, animais, vida no rancho e outras coisas que sertanejos gritam.
Com tanta chuva em São Paulo, carros boiando e pessoas inaugurando o novo piscinão metropolitano, não dá pra duvidar que exista, em algum ponto da cidade, um homem chamado Noé, com uma arca cheia de bichos e pessoas importantes como Clodovil e Angela Bismarchi. E não, você não foi convidado.
Imaginemos algo cinematográfico, com meteoritos caindo, terra tremendo e inundações. Medinho, né? Bom, isso, na verdade, já acontece todos os dias. O mundo termina a cada dia que passa e a gente mal percebe, é so ver o FML ou o VDM. Com tanto vilão como Bin Laden, Bill Gates e Telefônica, fica difícil ter medo do Diabo, um cara que mora embaixo da terra, usa vermelho e gosta do calor. Soa meio micareteiro e piegas.
Se o mundo acabar, que seja em barranco para que os brasileiros fiquem encostados. Ou, se preferir, que se acabe em doce para que fiquem melados. Nessa terra onde não acontece nada, a desgraça cotidiana é tão grande que fica difícil não torcer para que o fim chegue e a gente possa ver como é. E se, no final, Obama, Lula e Steve Jobs forem mesmos salvadores do mundo, grandes messias, que seja assim. Afinal, o que não falta é coisa para ser salva. Jesus, apague a luz.
clipado do Pink Ego

O Jesus que eu conheço (continuação)

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Creio nos quatro evangelhos e em toda a palavra de Deus! – a verdade e a realidade como demonstrações

Quando digo que creio que nos Quatro Evangelhos presentes no Novo Testamento – Mateus, Marcos, Lucas e João – temos a melhor e mais divina descrição de Jesus, não me fundamento nas discussões acerca de texto e autor; discussões que acompanhei durante anos, lendo livros de técnicos alucinados pela idéia de que seria possível atestar a veracidade do texto canônico pela sua antiguidade e proximidade das fontes históricas originais; sem falar que, além disso, havia ainda toda a questão relacionada ao ceticismo das décadas de 30 e 40 nos Estados Unidos e na Europa; fenômeno esse que levou de roldão a imaginação e a alma angustiada dos crentes da lógica teológica prevalente por milênios, e que já não sabiam o que pensar ante os novos fatos da ciência, e que, por causa disso, entregaram-se à tentativa de fazer de Jesus um ente mais palatável para aqueles tempos de não-milagre.

Sim! Quando digo que creio que nos Quatro Evangelhos presentes no Novo Testamento – Mateus, Marcos, Lucas e João – temos a imagem real de Jesus, pois temos a verdade essencial de Sua pessoa em plena e simples apresentação humana despretensiosa, exceto pela fé na Encarnação do Cristo, o Filho do Deus vivo – faço tal confissão não por causa da suposição de que os sábios inspirados na confecção do chamado cânon sagrado tenham sido inspirados a fazê-lo e ponto.

Houve um tempo em que foi assim para mim. Depois me esforcei mentalmente para dar razão à minha fé. Foi quando depois de anos de estudo de natureza apologética, verifiquei que tudo não passava de luta inócua, posto que nada sobre autorias, antiguidades, proximidade das testemunhas oculares, e integridade textual de manuscritos, tivesse qualquer valor se o conteúdo dos textos não se mostrasse verdadeiro no seu encontro com a natureza humana, com a história humana, e com os prognósticos ou profecias sobre o futuro humano e universal.

Ou seja:

Discerni que os Quatro Evangelhos como narrativas acerca de Jesus, somente seriam verdadeiros se tudo o que narrassem se mostrasse verdadeiro no encontro daquelas histórias e ensinos com a realidade das coisas criadas.
Então vi que o mesmo valia para tudo, só que agora a partir de Jesus, tendo-o como Referencia Absoluta para a validação de qualquer coisa na Escritura ou no que chamamos de Realidades e de História.
Então, bem jovem, vi que os evangelhos estavam certos sobre demônios, pois os vi em ação real, e atestei o poder de Jesus sobre eles.
O mesmo aconteceu com o chamado Sermão do Monte, por exemplo. Vi nas vidas de perdão e graça de meus pais que o Sermão do Monte era verdade porque era possível.

Gandhi foi uma figura muito importante para mim na demonstração da verdade pregada nos Quatro Evangelhos.

Sim! Pois Gandhi, sem livro e sem texto, sem usar o nome de Jesus e sem fazer proselitismo de natureza alguma, viveu os princípios do Evangelho com tanta tenacidade e fé, que, por ele, o mundo teve a primeira experiência global com o poder demolidor dos ensinos de Jesus no Sermão do Monte.

O mesmo digo de tudo o mais…

A autoria de Paulo, Pedro, Lucas, Marcos, Mateus, João, Tiago, Judas, e quem quer que tenha escrito Hebreus, não se fundamenta na autoria, mas na verdade ou não do conteúdo; pois, se o conteúdo não for maior que a realidade em sua proposição, e inescapável na sua analise e diagnostico do mundo real e porvir [profético], então, poder-se-ia encontrar meleca de Mateus no texto original, com prova de DNA, que nem assim para mim seria verdade, sendo apenas arqueologicamente verdadeiro quanto a autoria.

O que torna o Evangelho verdade histórica é a própria história como testemunho da verdade do Evangelho, para o bem e para o mal.

Por exemplo, não importa se quem escreveu o Apocalipse foi o João Apóstolo de Jesus ou um certo João de Pátmos. O que importa é que hoje até a ciência se ocupa do Apocalipse pela inegabilidade de suas predições sobre o mundo e seus sistemas, sobre os fenômenos ecológicos e climáticos que o livro descreve, pelas forças globais de poder, pela crescente capacidade de controle universal, pela coisificaçao do homem chegando ao nível da possibilidade de que o homem vire quase um robô e os robôs se tornem humanóides de laboratório [estatuas falantes], até ao ponto de que o próprio homem se assentará no trono de Deus, como abominável da desolação, intervindo em todas as áreas possíveis do saber, exercendo o arbítrio de mudar o homem, as criaturas e a natureza das coisas; isso indo da inteligência artificial, passando pela revolução bio-tecnológica [manipulando de todos os modos o DNA, para o bem e para o mal impensável], e, sobretudo, pela necessidade que toda a humanidade terá de se vincular pelo conforto, pelo comercio e pela comodidade, a um Poder Central que saberá de tudo e de todos, e, por fim, a tudo controlará.

Assim, que razão em saber quem é o autor do Apocalipse?

O mesmo posso dizer, por exemplo, sobre as questões supostamente tão importantes da autoria do Gênesis ou mesmo acerca de sua literalidade ou não.

Ora, nada disso é importante. De fato o que importa é que o cenário do Gênesis é tão real e verdadeiro que se repete todos os dias diante dos nossos olhos.

Vejo a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, a Serpente, os humanos, a Árvore da Vida, o um dia Jardim; e vejo que nada mudou, exceto pelo fato de que tudo se repete cada vez mais pioradamente, sem jamais deixar de se repetir.

Portanto, o que é importante: Quem escreveu o Gênesis ou qual seja o seu estilo literário ou se o que ele diz é verdade na realidade das coisas?

Acabo de ver em companhia da Adriana uma série de três horas no History Channel chamada “Visões do Futuro”.

Ora, as tais visões do futuro são tão assombrosamente apocalípticas e genesisticas em tudo o que afirmam como futuro, de um lado, e como origem do desejo de comer do fruto mais alto a qualquer preço, de outro lado – que, sinceramente, toda a questão acadêmica acerca do Apocalipse ou do Gênesis se torna insignificante ou mesmo blasfema, em razão de seu interesse por espinha no rosto quando se está ante o Incêndio do Mundo.

Alguns judeus indagavam Jesus acerca de que sinais Ele apresentava a fim de demonstrar a verdade da autoria de Suas declarações. Jesus, entretanto, perguntou se eles, os indagantes, cerzidores de roupa mortuária, não sabiam ler os sinais do tempo, como, por exemplo, os sinais de chuva à vista ou de grande calor chegando.

Assim, o que Jesus dizia também era que a Verdade da Palavra tem que ser vista na Realidade da Existência, para o bem e para o mal.

Ora, é porque vejo que o que a Palavra diz é verdade nos intestinos da realidade, para o bem e para o mal, que sei que o que os Quatro Evangelhos dizem acerca de Jesus é verdade; pois, se não fosse, não teria a pertinência de espada de dois gumes que possui e com a qual fere a realidade e as nações, conforme a profecia – ou seja: com o cetro de Sua Boca.

E mais: tudo na existência que carregue a mesma pertinência de analise inescapável da realidade, será verdade; pois, a verdade não é um livro, é apenas Verdade.

Quanto mais a História cresce, mais vejo que a Bíblia é a verdade da analise da condição humana; e mais vejo que nela, o Novo Testamento é o remédio desprezado e que poderia salvar o mundo, na mesma medida em que pela sua rejeição os mesmos homens que dizem crer no “Jesus do Cristianismo”, são as que hoje destroem o mundo.

Assim, não apenas a humanidade, tanto em sua condição e natureza, quanto também em sua realidade e perspectiva histórica, e dentro dela o próprio Cristianismo – me provam por antítese todos os dias que a Palavra de Jesus é a Verdade; e que, portanto, o Jesus apresentando nos Quatro Evangelhos e no Novo Testamento, corresponde ao Jesus em cujo ombro João reclinou a cabeça e perguntou: “Senhor, quem é o traidor?”

Nele, em Quem se fica sabendo que se for Verdade libertará sempre, ainda que assuste os que estão ainda na luta de crerem ou não,

Caio
21 de março de 2009
Lago Norte
Brasília
DF
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O Jesus que eu conheço

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Eu não tenho nada a ver com “Jesus”, mas somente com Jesus conforme aprendi nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João.

Nenhum outro Jesus me interessa.

Não me interesso pelo Jesus dos evangelhos de Maria Madalena, Tomé ou de Judas Iscariotes, por exemplo.

Leio os evangelhos chamados apócrifos com a minha melhor mente. A cada nova disponibilidade de texto punha-me e ponho-me logo à busca de lê-los.

Neles gosto de coisas aqui e ali, mas são apenas gostos que se fundamentam no fato de que aquela dita coisa acerca de Jesus se pareça com os que os Quatro Evangelhos digam. No mais, sinceramente, o resto me parece apenas um monte de bobagem antiga, ungida com a unção da arqueologia bíblica.

É o mesmo que sinto com a versão do Jesus do Cristianismo!
Sim, pois o Jesus apresentando nos Quatro Evangelhos não tem nada a ver com Jesus Segundo Constantino e seus teólogos fazedores de ídolos de “Credos”.

O Deus Anatomizado e cujo DNA foi destrinchado nas Sumas Teológicas e nas Dogmáticas e nas Sistemáticas da Igreja de Constantino [o Cristianismo] – me é tão tolo e feio que não gosto de olhar para elezinho, coitado.

Sim, o Deus Anatomizado e cujo DNA foi destrinchado nos Necrotérios de Constantino – é tão infantil e meninão que me dá vontade de dizer a ele: Cresce Homem! Me é tão substancia e tão nada que se me torna menos interessante do que a Física e o Estudo do Cosmo. Me é tão um Deus de Vitrine que não compro dele coisa alguma.

No processo histórico gosto de muita gente dentro desse engano. Gente boa de Deus, que, apesar de tudo, fez o melhor do que tinha, pôde e viu.

No entanto são poucos os que me inspiram hoje a qualquer coisa.
E os que mais admiro no meio dessa turma histórica, em geral não são os que mais pensaram, mas os que mais amaram e se deram em obras factuais.

Quando a viagem chega aos Protestantes, é claro que tenho grande carinho pelos irmãos Lutero e Calvino. Fizeram o melhor que puderam com a luz que tinham e nos tempo em que viviam.
A desgraça foi terem feito deles Pedro e Paulo de uma nova era: a Era Protestante.

E mais: a desgraça também foi que eles, mais Calvino que Lutero, que era mais pragmático nas implicações da fé, ainda trabalhavam com os critérios interpretativos herdados pelos Pais da Igreja influenciados pelos “Credos” de Constantino e pelas “ferramentas hermenêuticas” dos gregos.

Então, para mim, o movimento Protestante se tornou apenas o forjador de uma nova moral, de uma nova religião cristã e de um novo modelo econômico e social, o capitalismo.

Somente isto e nada além disto!

Quem me dá razão é a História!

Como tenho dito em muitos lugares, e ultimamente no livro “Sem Barganhas com Deus” [sem demérito ao esforço e à paixão dos que se deram por amor no e pelo Movimento Reformado], no fim o Protestantismo é apenas um Catolicismo que fez Dieta teológica, hierárquica, litúrgica e simbólica.

Sim! Pois, afinal, é apenas uma Reforma; ou seja: uma tentativa de botar remendo de pano novo em vestes velhas.

Era natural que com o tempo as vestes se rasgassem e o odre rebentasse ante o destempero do vinho quase novo que nele foi posto.

O fato é que essas obviedades que aqui digo soam heréticas ou caretas para muita gente.

Soam heréticas para os que amam a Reforma Protestante ou o Catolicismo.

Soam caretas para os que amam os esoterismos do Evangelho de Tomé, o feminismo do Evangelho de Maria Madalena, e o resgata de Judas pela via da traição solicitada por Jesus, o que teria feito dele o Grande Apóstolo de Cristo.

Entretanto, pergunto a você: Você de fato acredita que apenas porque uns carinhas se reúnem e dizem “como Deus é” que seja de Deus mesmo que eles estejam falando ou Deus mesmo que eles estejam definindo?

Você de fato crê que Deus, Deus mesmo, esteja sendo apresentado nesses tratados escritos por teólogos, no passado, ou pelos doutrinadores do presente?

Você realmente crê que sendo Jesus conforme os Quatro Evangelhos o apresentam, Ele possa ter alguma coisa a ver com toda essa loucura e estelionato que fazem com o nome Dele; sim apenas por que o suposto nome que o apelida na História esteja sendo “mencionado”?

Você se apresentaria a Policia apenas porque ouviu no “Jornal Nacional” o nome de um homônimo sendo mencionado como tendo assassinado alguém porque a pessoa deixou de dar o dizimo?

Se você não se apresentaria por saber que o nome era o mesmo, mas que a pessoa não é você – por que então você crê que mesmo não sendo de Jesus que se fale nos lugares, mas apenas se mencione o seu apelido, que, por tal razão, Ele mesmo se apresentaria?

Você acha que Jesus está preso à construção cabalística das letras J.E.S.U.S.?

Você acredita que essas cinco letras juntas, nesta seqüência de J.E.S.U.S., obriguem Jesus a se apresentar mesmo que o que Dele se esteja dizendo não tenha nada a ver com Ele?

Você realmente acredita que um prédio que leve o nome de “igreja” é a casa de Deus?

Você de fato crê que o Senhor de todas as coisas e mundos, não tem povo na terra se não acontecer em um lugar com funções determinadas pelas hierarquias de poder herdadas da administração publica do mundo grego, como presbíteros, diáconos e Superintendentes, ou seja: bispos?

Você acredita em culto?

Acredita que quando certo hino toca e o louvor começa e o pastor prega, que isto é culto?

Você crê que culto é o que acontece quando um monte de gente canta junto usando o nome Jesus?

Você acredita que orações de pastor, de bispo e de apostolo são mais importantes que as suas preces?

Você acredita que a ordenação com imposição de mãos de homens é o poder que cria um pastor ou qualquer coisa?

Você realmente crê que o Senhor, o Criador dos fins da terra, Aquele que não se cansa e nem se fatiga, de fato leve a sério uma reunião de Presbitério, cheia de politicagem, de armações, de mentiras e de calunias?

Você realmente acredita que existe diferença entre artista gospel e uma Fafá de Belém?

Sim! Me diga: você acredita nessas coisas?

Por exemplo: você acredita que se você não estiver indo ao lugar do “culto” você está longe de Deus apenas por esta razão?

E mais: se é assim, me diga: é o seu Deus maior ou melhor do que o diabo?

Por isto, digo: Eu só conheço Jesus pelos Quatro Evangelhos!
Sei o que a “rapaziada” falou e fala supostamente Dele, e, por vezes, Dele mesmo, nesses dois mil anos.

Mas é fala de uns acerca Dele, não é a fala Dele sobre uns e acerca de todos!

Para mim, saber o que os outros disseram é apenas cultura. Mas saber e crer no que Ele disse e diz, é Vida.

Com o passar dos anos os Quatro Evangelhos foram saindo da Bíblia e foram se mudando para dentro de mim. Do mesmo modo Jesus deixou de ser minha inspiração de leitura e busca de prática na vida, e passou a viver em mim, como se a História dos Evangelhos acontecesse todos os dias na minha vida.

Hoje leio o Evangelho escrito no meu coração e cada vez menos nas páginas do livro.

Não que eu não leia o livro. Aliás, leio-o muito mais, a questão é que o livro anda em estado de ditado o dia inteiro em minha mente.

Sim! O Evangelho foi virando sangue e transe!

E mais:

Minha decisão é radical…

Já faz tempo que não leio mais ninguém que fale de Jesus conforme o Cristianismo.

Também não tenho mais nenhuma paciência com a Academia Teológica ou com o ambiente Masturbatológico, posto que apenas seja apenas Mais Turba Teológica.

Sim! Minha ruptura é radical e muito bem pensada, há muitos anos.

Não estou aqui de gaiato…

O que desejo é promover uma ruptura radical ao ponto de que não nos sobre outro interesse a não ser na simplicidade de Jesus no caminho…

E mesmo quando leio os apóstolos do NT, sempre os leio buscando ver amparo para cada coisa que digam no Jesus dos Quatro Evangelhos. O que passa no teste, fica; o que não passa, guardo apenas como um aplicativo circunstancial que eles fizeram da fé, nos limites da compreensão histórica que tinham, mas não adoto a circunstancia como revelação perene.

Ou seja:

O que estou dizendo é que Jesus, Ele mesmo, Encarnado, é tudo!

E mais: digo também que Pedro, Paulo, João, Judas, Tiago ou qualquer outro autor, incluindo, sobretudo, o livro de Atos, estão sob Jesus em Seu modo de ser, amar, interpretar e escolher… Se houver coerência, fica; se não houver, sai. Foi isto que Jesus ensinou e os apóstolos reafirmaram.

Assim, chamem-me de herege!

Afinal, minha heresia é Jesus; sem necessitar de nada mais que não seja Ele apenas!

Fiquei primeiro sabendo Dele pelos Quatro Evangelhos. Mas, como disse, depois de um tempo, Ele mesmo se formou em mim… E não cessa de continuar se formando em mim.

Daí, tudo o que não combine com o que aprendi Dele nos Quatro Evangelhos e com o Espírito Dele em mim, e que é conforme a revelação acerca Dele que encontro nos Quatro Evangelhos – fica fora, sem apelo e sem discussão.

Estes são os meus fatos; e contra eles não encontro argumentos.

E mais; também não estou aberto a discussões.

Afinal, hoje, discutir Jesus comigo, sinceramente, é para mim tão ridículo e inaceitável quanto um estranho desejar discutir comigo sobre quem era o meu pai, que foi a pessoa a quem mais conheci até onde foi possível um homem conhecer outro homem.

Não sou candidato a nada!

Digo apenas o que creio.

Quem assim crer, venha; quem não crer, faça uma boa viagem!

Nele, que não discutiu o Caminho, mas apenas disse “Vem e Segue-me”, ou, ainda: “Vem e vê”,

Caio
19 de março de 2009
Lago Norte
Brasília
DF

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Silêncio e Som

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“Antes do advento das gravações, ouvir música implicava sair de casa, reunir-se aos concidadãos, apreciar uma execução única de uma obra de Brahms. Havia uma dimensão meio sagrada nisso. Com os discos físicos, a música passou a ser consumida a qualquer momento, em casa, solitariamente, em família ou entre amigos, em torno do último LP dos Beatles. Ainda havia algo de mágico e misteriosos nesse tour. Hoje, os aparelhos portáteis com fones de ouvido carregam Britney Spears o tempo todo, por todos os lugares, num vício solitário. Escuta-se tanta música que já não se ouve quase música alguma. Nossa sociedade tem horror ao silêncio, talvez por nele pressentir a morte. “O resto é silêncio”, diz Hamlet. Porém, é o silêncio que dá sentido à música.”

trecho da matéria Qual o futuro da música? publicada na edição deste mês da revista BRAVO!

via Laion Monteiro

Saudade

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Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Clarice Lispector

Pobres Ateus

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Por Ariovaldo Ramos

Disseram-me que o ateísmo está crescendo.

Fiquei a pensar… Quem quer o mundo oco e solitário dos ateus?

Não eu!

Eu quero o mundo povoado dos cristãos, dos judeus, dos muçulmanos, dos animistas…

Quero um mundo onde a gente não esteja só.

Um mundo com anjos de pé e caídos.

De entidades, de elfos, de mística, de mágica, de mistérios…

Quero o mundo onde os tambores invoquem.

Onde a multidão de línguas estranhas dos pentecostais façam os seres da escuridão retroceder.

Quero o mundo que produziu Beethoven que, surdo, dizia ouvir a música que Deus queria escutar, a quem aplaudiu na nona.

Que desafiou Mozart a zombar de Deus enquanto, qual o profeta Balaão, só conseguia emitir os sons que boca de Deus entoa!

Quero o encanto catártico de Haendell gritando ALELUIA! de forma arrebatadora!

A beleza de Bach nos fazendo ver a paz da Família Eterna.

Quero mundo das lindas e majestosas catedrais e dos pregadores das praças, das esquinas, dos caminhos…

Da riqueza sonora profunda dos cantos gregorianos e dos vociferantes pregadores: convocando os homens a mudar e o Espírito Santo a se levantar contra o mal.

Quero o mundo que faça um ser humano, diante a pior das borrascas, ver o seu salvador andando sobre o mar, anunciando a possibilidade.

Aquele em que o guerreiro, diante da incerteza, se ajoelha perante o Eterno e se levanta com um brilho nos olhos, certo de que tem uma missão, um motivo para brandir a espada, porque se há de correr o sangue humano, tem de haver uma razão, que dando significado a vida o faça não temer a morte.

Um mundo de poetas e romancistas, que fazem a morte gerar vida, que contam histórias porque, em meio ao mais insano, há algo para contar, e se há o que contar, então significa; e se há como contar, então há um significante anterior, de modo que, por mais que cada leitor possa, de alguma maneira, reinventar, ninguém consegue negar que leu e, se leu, podia ser lido.

Quero a fé que faz uma menina entrar numa das melhores faculdades do pais, sonhando que, um dia, tudo o que sabe ajudará um ser desprovido de tudo, num dos miseráveis cantões do planeta, a sorrir com esperança!

Quero a loucura dos missionários que abandonam tudo no presente, certos de que levarão milhares a viver o futuro.

Quem quer o socialismo frio do ateus?

Eu quero o socialismo dos crentes que, em meio à marcha dos trabalhadores e, diante do impasse do confronto com as forças do estabelecido, grita ao megafone: companheiros, avancemos! Deus está do nosso lado!

Da ciência não quero as equações, quero o grito de “Eureka!”, onde o cálculo se mistura com a revelação.

Da matemática quero a música, a certeza de que há sons no universo, que não só os podemos cantar, mas que há quem nos ouve.

Que ouviremos a grande e última trombeta, que reunirá toda a criação para o canto da redenção.

Eu não quero capitalismo nenhum, mas prefiro o dos seres humanos que acreditavam que o trabalho é um culto ao Criador e que o seu produto tinha de gerar um mercado a serviço do bem.

Quem quer o capitalismo consumista dos ateus, que reduz a vida ao aqui e agora, e transforma todos em desesperados que, pensando que não sobrará para eles, correm para acumular para o nada?

Os ateus dizem que evoluímos, mas que não vamos para lugar nenhum; que a ciência pode tudo; que verdade é a palavra dos vencedores; que os mais fortes sobreviverão, e que é o direito natural deles.

Não! Mil vezes não!

Quero o mundo onde os fracos tenham direito ao Reino; onde os mansos herdarão a terra; onde os que choram serão consolados; onde os que têm fome e sede de justiça serão fartos; onde os que crêem na justiça estejam prontos a morrer por ela; onde os mortos ressuscitarão.

Quem quer um mundo explicado, onde tudo é virtude ou falha de um neuro-transmissor qualquer?

Quero um mundo onde a fé , o amor e a paixão curem, mudem histórias e construam caminhos! Onde os artistas tenham o que registrar!

Um mundo onde o sol nasça e se ponha, onde as estrelas, polvilhando o infinito, apontem um caminho, falem da esperança de uma grande e decisiva família, e que qualquer ser humano ao ver isso, não se envergonhe de falar: maravilha! Um Deus fez isto!

Mas não quero a teologia técnica…

Quero o Deus apaixonado dos cristãos, que abandona sua Glória e se faz gente, trazendo a divindade para a humanidade e, ressuscitado, ao voltar, leva a humanidade para a divindade!

Quero o Deus inquieto de Israel, o pai dos judeus, com quem é possível lutar.

Quero do Deus que se permite ser detido por um Jacó.

Quero o Deus chorão de Jesus de Nazaré, que mesmo a gente tendo brigado com Ele, nunca conseguiu brigar conosco.

O Deus Pai, Mãe e Filho que repartiu conosco o privilégio de ser!

Quero o mundo do medo do desconhecido, e do maravilhar-se com o desconhecido: o mundo do encanto.

Como disse o pai da filosofia moderna, o que se descobre ser ao pensar, precisa de um mundo para aterrissar, precisa que haja alguém que faça pensar valer a pena, alguém que, ao fim, é da onde se pensa, e se ele não existe, então nada existe, porque o que pensa não tem como pensar a partir de si.

Quero o mundo que ri da finitude; que desdenha das limitações; que resiste ao sofrimento; que olha para o infinito sabendo que nossa existência não é determinada pela morte ou por nossas impossibilidades; que não somos frutos de um acidente.

Quero mundo que se sustenta na fé de que ressuscitaremos, de que brilharemos como o sol ao meio dia; de que vale a pena lutar pelo bem; de que vale a pena existir!

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